(material e imaterial) dos povos
originários e diaspóricos usurpados
pela colonialidade e pelo racismo
Sejamos tebas
Uma cena inspiradora
No movimentado cotidiano em torno do Chafariz da Misericórdia, construído em 1792 por Joaquim Pinto de Oliveira bem ali no coração do Triângulo Histórico de São Paulo, na encruzilhada entre as atuais ruas Direita, Quintino Bocaiúva e Alvares Penteado, circulava no falar do povo uma palavra de origem ao mesmo tempo quimbundo e tupi: “tebas”, isto é, bamba, porreta. Joaquim, diziam, é um tebas!
Em setembro de 2020, a partir do processo de reconhecimento do legado de Tebas e da mobilização pelo Memorial dos Aflitos, no bairro paulistano da Liberdade, criamos o Instituto, não apenas para ser um observador crítico das políticas de patrimônio e memória, mas também para desenvolver e executar uma educação patrimonial desmobilizadora da colonialidade e do racismo.
Em setembro de 2020, a partir do processo de reconhecimento do legado de Tebas e da mobilização pelo Memorial dos Aflitos, no bairro paulistano da Liberdade, criamos o Instituto, não apenas para ser um observador crítico das políticas de patrimônio e memória, mas também para desenvolver e executar uma educação patrimonial desmobilizadora da colonialidade e do racismo.
Desenho de José Wasth Rodrigues (1891-1957)
O que temos feito
Lugares de Memória Negro Indígena
O Ciclo de Conversas Lugares de Memória Negro-Indígena reuniu profissionais do mundo acadêmico, artistas, estudantes, ativistas e público em geral para refletir sobre o patrimônio cultural dos povos originários e diaspóricos usurpados pela colonialidade e pelo racismo.
Uma leitura crítica do grito do Ipiranga
Liberdade ou Morte: histórias que a História não conta é uma websérie de sete episódios, cada um deles formado por duas narrativas: um documentário dirigido por Alexandre Kishimoto, e uma crônica fotográfico-literária com imagens de João Leoci e texto de Abilio Ferreira. São, na verdade, duas abordagens sobre o mesmo tema: a agenda de combate ao racismo que se desenvolveu na cidade de São Paulo a partir de 1978, com a reorganização do Movimento Negro contemporâneo. O título do projeto (Liberdade ou Morte) remete ao lema da Revolução do Haiti (1791-1804), numa interpretação crítica do projeto de nação veiculado pelo Grito do Ipiranga (Independência ou morte), cujo bicentenário foi comemorado em 2022, em plena retomada das mobilizações coletivas pós-pandemia.
O Patrimônio Cultural da Liberdade: uma trilogia audiovisual
Com a descoberta do sítio arqueológico Cemitério dos Aflitos, em dezembro de 2018, o bairro paulistano da Liberdade, então consolidado como um bairro japonês, entrou na pauta pública como um território em disputa, uma discussão que dialoga com diversas outras localidades da própria São Paulo, do Brasil e do mundo. Documentamos três acontecimentos que ajudam a entender esse fenômeno.
Quem somos
O escritor Abilio Ferreira e a produtora cultural Rita Teles coordenam a área de Relações Institucionais da entidade. Ele é organizador e coautor do livro Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata (Idea, 2018). Ela é sócia-fundadora da Núcleo Coletivo das Artes, empresa responsável por todo o processo de concepção e implantação do Monumento a Joaquim Pinto de Oliveira Tebas instalado pela Prefeitura de São Paulo na Praça Clovis Bevilaqua em 2020.
Outra área estratégica de atuação do Instituto é a de Documentação Audiovisual e Fotográfica, a cargo do antropólogo e documentarista Alexandre Kishimoto, autor da pesquisa Cinema Japonês na Liberdade (Estação Liberdade, 2013)
Para fazer a Gestão de toda essa rede articulada de atividades, o Instituto conta com a experiência da arquiteta e urbanista Sarah Silva, habituada a administrar grandes e complexos escritórios de arquitetura.
A área de Comunicação do Instituto é coordenada pela jornalista Vanessa Correa, que esteve à frente das três primeiras edições da Jornada do Patrimônio, política pública anual executada desde 2015 pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura paulistana.