histórias que a História não conta

Marcha das Mulheres Negras de São Paulo

Marcha das Mulheres Negras de São Paulo

Na fronteira entre o entardecer e a noite de 25 de julho de 2022, a multidão negra vai aos poucos invadindo a praça, a Praça da República, a tão sonhada República. Cartazes em punho, faixas estendidas, a alegria da luta onde a gente se encontra. São os preparativos da VIII Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.

Sete anos antes, mais de 50 mil delas, vindas de todo o país, haviam marchado sobre Brasília, centro do poder branco e masculino da “república”, e entregaram à então presidente Dilma Rousseff uma carta: Marcha contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver.

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Organizada em 17 segmentos distribuídos ao longo de 30 páginas, a carta evoca as ancestrais que inspiram a Marcha e que conectam mulheres de todo o mundo afetadas pelo racismo, pelo sexismo, pela lesbofobia, pela transfobia e tantas outras formas de discriminação, para construir e consolidar um novo pacto civilizatório para o Brasil e em escala planetária.

No contexto pandêmico e político em que ocorre a VIII Marcha, o Bem Viver se potencializa ainda mais, como utopia a se fazer aqui e agora. Uma revolta contra a individualidade, contra a fragmentação e contra a perda de sentido. Por uma territorialidade comunitária, recuperadora de tradições, materializadora da imaginação.

Elas, afinal, vão parindo mundos.

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