O Patrimônio Cultural da Liberdade: uma trilogia audiovisual

Com a descoberta do sítio arqueológico Cemitério dos Aflitos, em dezembro de 2018, o bairro paulistano da Liberdade, então consolidado como um bairro japonês, entrou na pauta pública como um território em disputa, uma discussão que dialoga com diversas outras localidades da própria São Paulo, do Brasil e do mundo. Documentamos três acontecimentos que ajudam a entender esse fenômeno.

O primeiro acontecimento, intitulado No satê prika koya rayon kaxate (Onde os indígenas falam, quem não é indígena escuta), narra uma reunião entre integrantes do Movimento dos Aflitos e a empresa vencedora do concurso realizado pela Secretaria Municipal de Cultura, para escolher um projeto arquitetônico para o Memorial dos Aflitos. Na ocasião, veio à tona o racismo subjacente ao processo.

O segundo acontecimento é o pedido de desculpas da mesma empresa, que no entanto não desconstrói o racismo revelado. Ao registro desse acontecimento demos o nome de Essa kalunga é grande – uma vitória do Movimento dos Aflitos.

O terceiro e último registro da trilogia é uma aula pública que chamamos de Liberdade não é só Japão. Ela se deu em plena Praça da Liberdade África Japão, com a participação de pessoas indígenas, negras e asiáticas.